sábado, 13 de março de 2010

O SILENCIO DE DEUS


Um leitor atento indagou sobre possível ambiguidade no titulo do artigo "Reliogidade no Carnaval",aqui publicado no dia 27.Seria reliogidade ou mitologia?Ali foi escrito que o mistério ou o segredo é mesmo DEUS,em alusão ao samba-enredo da escola campeã, a Unidos da Tijuca.Lá se dizia que DEUS "não explica claramente como todos gostaria",inclusive o autor.Expor isso "pulalam boatos e crentices"Assinalando as diversidades das crensas,afirmou-se ainda que " a Unidos da Tijuca esbanjou reliogidade."E a Imperatriz leopoldinense tentou universalizar a crença.""O indio dançou em adoração;o branco rezou na cruz do cristão;o negro louvou os orixás."
Recorrendo aos dicionários verifica-se que talvez reliogidade e mitologia sejam conceitos muitos próximos.Alguém já dizia que o cristianismo chamou de mitologia,em sentido pejorativo,as divindades grego-romenos.Não seria isto um mecanismo de defesa chamado projeção,peço qual atribui a outros o próprio sentimento que não se quer aceitar?Ambas as denominações ,religião e mitologia,estão simplesmente a procura do transcendental,do sobrenatural,enfim das explicações das origem da vida e do universo.é muito difícil o ser racional fugir desta busca,ás vezes angustiosa e dolorido.Ressentimento falou das duvidas que atormentavam Madre Tereza de Calcutá.Ninguem escapa de uma historia misteriosa mesmo que envesresde pela despreocupação,mesmo pela negação de algum principio que rodeia a nossa existência.infeslimente muito efemera.Hoje fico pensando que a razão profunda da diversidade de opiniões talvez seja o silencio ed DEUS o teria abandonado.Pascol o renomado pensador ,exclamava."oO eterno silencio desses espaços infinitos me espanta".Talvez por ai se entenda que a palavra é de prata,mas o silencio de ouro.Duas lembranças,para terminar.O admirável e misterioso poeta theco Rainer Maria Rilke (1875-1926)escreveu."Não que tu pudesses suportar a voz de DEUS de modo algum.Mas escuta o sopro,a incessante mensagem que nasce do silencio." e para consolar os desacatos com o transcendental,Freud apregoava;"A ciência não é uma ilusão ,mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não pode nos dar,"
enviada por Luis Viegas